1. MASTODON - "Crack The Skye"
Pela segunda vez seguida o MASTODON leva o álbum número 1 do ano. "Crack The Skye" é muito mais polido do que os álbuns anteriores deles, mas a experimentação tradicional permanece intacta. A banda sempre abre com uma música forte, e "Oblivion" não é exceção. A técnica do grupo é levada ao seu limite em "The Czar", um épico de 11 minutos com teclados, guitarras e em alguns momentos intimidantes, em outros bastante técnicos.
Os vocais são mais melódicos e menos gritados que nunca. O MASTODON também adicionou harmonias no vocal, um dos elementos que faz do álbum mais polido e acessível, enquanto o metal é temperado com elementos do progressivo e do classic rock. "Crack The Skye" é um álbum desafiante e bastante profundo.
2. MEGADETH - "Endgame"
O arco da carreira do MEGADETH andou no ponto alto nos últimos anos, e "Endgame" vem cimentar a relevância destas lendas do thrash. Mustaine parece ter um estoque infinito de riffs e raiva, e este CD está cheio das duas coisas. "Dialectic Chaos" inicia o álbum, uma pancada instrumental que prepara o palco para o que está por vir. O que segue são músicas pesadas do thrash que são a cara do MEGADETH. Músicas como "44 Minutes" e "This Day We Fight" são intensas, cativantes e cheias de solos de guitarra.
Mais do que um quarto de século depois de formados, o Megadeth ainda está no topo do seu jogo. "Endgame" tem alguns momentos old-school, mas também outros bem modernos. "United Abominations" de 2007 coletou bastante respeito da crítica, mas "Endgame" é ainda melhor.
3. NILE - "Those Whom The Gods Detest"
"Those Whom The Gods Detest" é uma marca na carreira do grupo, cheio de riffs e solos espantosos, velocidade intermitente, as batidas inimitáveis de George Kollians e um senso de urgência que dizem estava faltando no último trabalho do grupo. As bandas de death metal tomem nota: o NILE está de volta com sede de vingança, como Boris Karloff no último filme da "Múmia".
Este álbum está bem além do seu predecessor. Ele tem os melhores elementos dos clássicos como "Amongst The Catabombs" of Nephren-Ka" e "Annihilation of the Wicked" vai um nível além. Os solos tiram sua respiração, as performances vocais são as melhores de um álbum do NILE e os instrumentos do Oriente Médio adicionam a profundidade e a textura.
4. NAPALM DEATH - "Time Waits For No Slave"
O NAPALM DEATH não tem nenhuma inclinação em descansar nas
conquistas do passado. O 13º álbum das lendas do grind britânico, "Time Waits For No Slave", é outro
lançamento incendiário de uma banda que parece louca para superar a si mesma a cada novo lançamento.
Não há muito o que se falar do catálogo do NAPALM, mas este é um álbum que irá permanecer nos holofotes da carreira do grupo. Há tanta coisa passando nas músicas que o álbum transcende o estilo grindcore. Os gritos de Barney Greenway estão melhores que nunca, Mitch Harris e Shane Embury continuam a minar influências de fora do metal para afiar os seus sons e o baterista Danny Herrera oferece uma performance próxima do barbarismo.
5. SUNN O))) - "Monoliths and Dimensions"
O que faz do sétimo álbum do SUNN O))), "Monoliths and Dimensions", tão poderoso, é o fato da banda ter aumentado seu paladar musical e colocado um mix de sons sem sacrificar o baixo e os ritmos. É o melhor álbum do grupo na década, e um testamento ao potencial do gênero do metal.
"Aghartha", primeira música do álbum, abre com o tradicional som de baixo do grupo antes de adicionar violinos, uma concha, chifre inglês e piano. "Big Church" cutuca o lado obscuro com um coral feminino hipnotizante e sinos de igreja. Esses toques não são curiosos, eles são habilmente tecidos na tapeçaria de cada peça para criar um todo mais diverso.
6. ISIS - "Wavering Radiant"
Cada música do "Wavering Radiant" tem altos e baixos de intensidade e ritmo. Riffs pesados constroem um estado quase opressivo para em seguida vir uma transição para uma seção longa de instrumental progressivo antes de intensidade se amplificar mais uma vez. Os vocais são uma combinação de rosnados e melódicos, ao contrário de um monte de bandas onde vocais são constantes, exceto para um solo de guitarra periódico, Aaron Turner cantará algumas linhas para depois desaparecer por alguns minutos ou mais.
As músicas seguem realmente bem, e este é realmente um álbum, não uma coletânea de músicas. "Wavering Radiant" é um dos álbuns de que é fácil gostar na primeira escutada, mas com o tempo se torna ainda melhor.
7. BETWEEN THE BURIED AND ME - "The Great Misdirect"
Enquanto o "The Great Misdirect" foi confrontado com a alta qualidade dos álbuns anteriores, está mais do que à altura do desafio. Embora seja verdade que este álbum leva um pouco de tempo para entrar, quando faz, o resultado é praticamente narcótico: o sentimento feliz quando confrontado com puro êxtase musical.
Cada música aqui tem um monte de variações e mudanças inesperadas, você praticamente se sente como se estivesse se movendo em um milhão de direções diferentes ao mesmo tempo... tudo da melhor maneira possível. Do técnico death metal/core, até as passagens de rock melódico para uns ensaios meio blues, "The Great Misdirect" raramente, talvez nunca, erra.
8. BARONESS - "Blue Record"
No segundo álbum do BARONESS, "Blue Record", as guitarras "sludgy" do grupo estão intactas, mas exploram um pouco mais o lado progressivo e experimental. Este também é o primeiro CD com o novo guitarrista Pete Adams. O som deles sempre é comparado ao do MASTODON, e em músicas como "A Horse Called Golgotha" esta comparação faz sentido. O som é pesado, mas também complexo e cativante. Há diversas texturas, intensidades, humores e atmosferas no álbum, e o BARONESS muda as coisas em uma base constante. Músicas como "The Sweetest Curse" são pesadas e diretas, enquanto "The Gnashing" possui tendências mais progressivas. Os vocais de John Baizley são únicos. Eles são ríspidos, mas ainda assim melódicos, adicionando um gosto
interessante ao som do BARONESS.
9. SLAYER - "World Painted Blood"
"World Painted Blood" já arranca na faixa título. Depois de uma pequena intro é o antigo SLAYER, com uma música de 6 minutos bastante forte, intensa e com o peso com o qual a banda conquistou sua fama, além de uma dose suficiente de melodia. O álbum inteiro flerta com os dias gloriosos do SLAYER, com uma produção esparsa e um som cru. É uma estratégia efetiva, pois a musicalidade da banda não requer polidez para ser apreciada. Em sons como "Snuff" e "Hate Worldwide", os solos poderosos de Kerry King e Jeff Hanneman estão no ponto alto. Um thrash galopante é a regra do dia no "World Painted Blood", mas o SLAYER muda as coisas de tempos em tempos por causa da diversidade.
10. BRUTAL TRUTH - "Evolution Through Revolution"
O BRUTAL TRUTH nunca teve medo de se arriscar com seu grind híbrido, e eles jogaram a cautela para o vento no primeiro álbum de estúdio há mais de uma década. Quase todas as músicas no "Evolution Through Revolution" estão repletas de elementos dispares que em mãos menos habilidosas acabaria na sala de corte."Sugardaddy" traz para a frente um trabalho de guitarra propulsivo, um minuto e meio depois se encaixando em um glorioso riff bombante. "Turmoil" é tão rápida que parece estar à beira de um colapso. "Get A Therapist Spare The World" começa com uma passagem aterrorizante, passando para um frenesi e então desacelerando em umas lambidas de doom. O Grindcore novamente avançou um pouco na escada evolucionária. Seja novamente bem-vindo, BRUTAL TRUTH.
Fonte:
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